quarta-feira, 18 de novembro de 2015

RDB Amapá lança selo comemorativo em homenagem aos 35 anos do Raízes do Brasil

A filial RDB no Amapá, lança neste mês de dezembro, precisamente na 2ª edição dos Jogos Interminicipais de Capoeira Raízes do Brasil em Porto Grande o selo personalizado comemorativo alusivos aos 35 anos do Centro Cultural de Capoeira Raízes do Brasil, que foi fundado em 1980, por Mestre Ralil Salomão.
O lançamento irá ocorrer em meio à cerimônia de celebração do aniversário de nove anos da entidade no estado do Amapá. A tiragem do selo em camisas é de 70 unidades, que serão distribuídas aos participantes do jogos, representantes do grupo em Macapá e Porto Grande e personalidades da capoeira no Amapá, dentre eles Mestre Grilo(pioneiro no estado) e a Presidente Maria Pantoja da Unicap (União dos Capoeiristas do Amapá).

ORGANIZAÇÃO:
Monitores: Margarida, Batatinha, SuperPreto, Espeto.
Instrutor Márcio Porto
COORDENAÇÃO:
Instrutor Passarinho
SUPERVISÃO:
Mestre Tucano - PI
DIREÇÃO GERAL:
Mestre Ralil-DF



Sobre a Associação Cultural de Capoeira Raízes do Brasil.

Fundado em 1981, o Centro Cultural Da Capoeira Raízes Do Brasil é uma associação que realiza não apenas aulas sobre a cultura da atividade, mas também oferece e hospeda eventos culturais e sociais. A sede em Brasília tem o objetivo de fortalecer a imagem da cultura da capoeira e promover a integração entre as nações que apreciam a atividade.

O espetáculo realizado pela associação já rodou diversos estados brasileiros e possui capoeiristas do Brasil e do mundo. Há praticantes também nos Estados Unidos, Venezuela, Suíça e Espanha, por exemplo. O grupo apresenta manifestações culturais como o jongo de caxambu, Marabaixo, a puxada de rede, o maculelê, o maracatu, a origem dos quilombos e o xaxado.


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

VI BATIZADO RAÍZES DO BRASIL AP, CONTARÁ COM PRESENÇA DO PARÁ, PIAUÍ E DISTRITO FEDERAL


Caros amigos do Blog, está chegando a hora de mais um grande evento Raízes do Brasil no Amapá, é o VI BATIZADO e TROCA DE CORDAS, que será realizado nos dias 01,02 e 03 de outubro na cidade de Macapá-Amapá.

Neste ano o evento contará com a presença dos Mestres Touro(Piauí), Banjo (Distrito Federal) e Caiçara (Pará), que virão pela primeira vez em eventos do Raízes do Brasil no Amapá. a programação será composta da seguinte maneira:

Quinta-feira (01/10) - 19:00
Local: Casa da Capoeira Raízes do Brasil (Pacoval)
- Oficina de Marabaixo com Asso. Berço do Marabaixo
- Oficina de Maculelê com Mestre Touro -PI
- Roda de Capoeira

Sexta-feira (02/10) - 19:00
Local: A definir
- Oficina de Capoeira com Mestre Touro -PI
- Roda de Capoeira

Sábado (03/10) - 16:00
Local: A definir
- Show Cultural
            * Maculelê
            * Puxada de Rede
            * Marabaixo 
            * Batizado e Troca de Cordas.

Encerramento: 20h00


Mais afinal o que é um batizado de capoeira?

O batizado é um dia de festa em que os novos capoeiristas participam pela primeira vez do jogo na roda de capoeira. Esse primeiro jogo é realizado com um professor, contra- mestre ou mestre que ficará sendo o seu padrinho. O aluno batizado (afilhado) deve levar consigo eternamente a lembrança da festa e ter uma eterna admiração pelo seu padrinho. 
Foi Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba) quem introduziu o batizado na capoeira. Fundador da primeira academia de capoeira (o centro de cultura física regional) o ilustre mestre, em fins da década de 20 e início da década de 30,’ ao criar a capoeira regional, dotou a mesma de uma metodologia de ensino, O aluno iniciante aprendia as seqüências (compostas de movimentos de ataque e defesa próprias da capoeira) e era marcada a data do seu batizado na capoeira. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

O que é necessário para ser Mestre de Capoeira?

O QUE É NECESSÁRIO PARA SER MESTRE DE CAPOEIRA? Essa é uma pergunta DIFÍCIL de responder. Afinal, a capoeira é uma ARTE PLURAL, multifacetada, que se expressa por diversos meios e sentidos.
E pesquisando alguns textos para esta reflexão encontrei o do Mestre Luiz Renato (Grupo Berimbazu-DF) que nos faz pensar sobre a responsabilidade e a maestria na vida de um Mestre de Capoeira.
Espero que gostem do texto, Boa leitura!!

Assim, para ser um mestre de capoeira são exigidos conhecimentos e habilidades em diversas áreas da atuação e do conhecimento humano, como o jogo-luta da capoeiragem, a música, algum conhecimento histórico, saberes sobre as tradições e muito mais. A resposta envolve muitos temas, e precisa de alguma reflexão.
Entretanto, não há dúvida de que há um fio condutor. E, com a nossa vivência na capoeira, podemos perceber que, assim como a capoeira é rica em múltiplas expressões, nem todos dominam todas essas formas de igual maneira. Mas há, sim, algo que nos permite identificar um Mestre: a experiência, a segurança ao orientar um aluno, e a consistência de suas afirmações e atitudes.

Ninguém está mais longe de ser um mestre do que aquele que cultiva a arrogância. Por algum tempo, nós mestres na faixa dos cinquenta anos de idade (nós que iniciamos a prática da capoeira na década de setenta do século passado), chegamos a associar a condição de mestre ao conhecimento formal, e até mesmo acadêmico.
Então, para ser mestre, pensávamos que era necessário conhecer as técnicas de ensino da luta, os fundamentos das várias ciências envolvidas no estudo da capoeiragem. Engano monumental esse, de associar a mestria apenas ao formato do conhecimento que é usualmente mais reconhecido pelas instituições.

Os anos vão passando, e vamos, cada vez mais, reconhecendo a importância dos saberes tradicionais, e da atitude de humildade e respeito que devemos preservar diante dos inúmeros desafios que a vida nos impõe. O mundo da capoeira, e a própria roda, está repleto dessas situações, onde o que se destaca é a atitude firme e segura, e não o mero desfiar de um conhecimento que, naquele momento, pode ser apenas a expressão da vaidade humana, ou de algum sentimento ainda menor.

Um verdadeiro mestre de capoeira se faz na vivência real, ao longo dos anos, nas ricas e inúmeras situações em que a nossa capoeira nos coloca na vida cotidiana. Seja na rua, nos espaços institucionais de ensino ou nas academias.

terça-feira, 30 de junho de 2015

FORMATURA DO PROFESSOR TINGAÚNA EMOCIONA CAPOEIRISTAS EM JOSÉ DE FREITAS-PI.

No ultimo fim de semana dia 28 de junho, aconteceu no Teatro Municipal de José de Freitas - Piauí, o VIII Batizado e Troca de Cordas “Encontro de Amigos”, realizado pelo Centro Cultural de Capoeira Raízes do Brasil, com a organização do Instrutor Tingaúna, Supervisão de Mestre Tucano-PI e Direção Geral de Mestre Ralil-DF. 
O evento contou com a participação de aproximadamente 200 pessoas, participaram também vários capoeiristas, como alunos, instrutores, contra mestres e mestres, das cidades de Teresina, José de Freitas, entre outras.
A supervisão ficou com o mestre Tucano-PI, vindo especialmente de Teresina para o evento. O ponto alto do evento foi a formatura surpresa de Professor ao nosso querido amigo TINGAÚNA, que recebeu das mãos do próprio mestre Tucano a Corda ROXA de professor. Foi um momento emocionante para todos que presenciaram, o reconhecimento de seu trabalho com a capoeira no estado do Piauí.
O evento contou também com a presença de Mestre Touro que ministrou um aulão e que também iniciou o jogo com uma ladainha que arrepiou todos os presentes naquele momento.
E nós aqui do Amapá também estamos muito orgulhosos pela conquista mais que merecida desta nova graduação e temos certeza que outros desafios virão e com certeza nosso amigo e PROFESSOR TINGAÚNA irá estar preparado para esta nova fase!

Parabéns Tingaúna!!





quarta-feira, 10 de junho de 2015

REGULAMENTAR A CAPOEIRA OU PROFISSIONALIZAR O CAPOEIRISTA??

Caros amigos leitores do nosso blog.
Após alguns meses sem atualizar por conta de falta de tempo  mesmo, pois assuntos e eventos não faltaram nos últimos quatro meses aqui no Norte como em todo o páis, resolvi expor alguns textos sobre esse tema que tem tomado conta dos bastidores da CAPOEIRA. 
Dentre várias opniões e textos, encontrei um muito bem elaborado, de fácil compreensão do camarada Boiadeiro da Abadá Capoeira e por isso resolvi postar e compartilhar com vocês.
Espero que gostem, reflitam e compartilhem para que outros possam ter acesso a esse importante tema que se for aprovado irá por tudo a perder depois de séculos de resistência, lutas e ancestralidade.
EU SOU CONTRA A REGULAMENTAÇÃO DA CAPOEIRA... E VOCÊ??
Boa leitura!!

Instrutor Passarinho - Raízes do Brasil no Amapá



Tenho lido muitas opiniões sobre o tema regulamentação da capoeira como profissão e tenho ficado preocupado com as manipulações que estão acontecendo. Percebo que a falta de informação tem contribuído para um cenário onde pessoas defendem posições sem ter um fundamento lógico. Sou a favor da democracia, mas sou contra a manipulação, sou contra a falta de interesse em capacitar as pessoas para que elas sejam mais conscientes e possam questionar. Sendo assim, tentei escrever algo que pudesse gerar uma reflexão e contribuição para o esclarecimento do tema. Espero que seja útil. Obrigado pela atenção. Boiadeiro
Porque você começou a praticar capoeira? Se essa pergunta for feita para qualquer capoeirista, rapidamente ficará claro como um processo de REGULAMENTAÇÃO será nocivo ao futuro da capoeira, ele poderá limitar e eliminar diversas passagens que temos em nossas memórias, situações que são frutos da liberdade e diversidade que a capoeira possui em sua essência. Liberdade de se expressar, diversidade de estilos, enfim, uma riqueza infinita que confunde nossa sociedade fazendo com que ela pense que a padronização é o caminho para organização. Organizar o que? As pessoas ou a arte? As pessoas devem se profissionalizar e a arte tem que ser arte em sua essência, manifestando das formas mais improváveis para inspirar, atrair novos seguidores e admiradores.
Foi essa liberdade que me manteve na capoeira, eu sou produto dela, já treinei na rua, clubes, academias, garagem de prédios, garagem da minha casa, praças, ou seja, em todo canto.
As vezes sou abordado com a seguinte pergunta: O que é a capoeira? Na mesma hora me vem na cabeça um dos ensinamentos do Mestre Camisa. Capoeira é o que o momento determinar. Pode ser um jogo, uma luta, uma música, um artesanato, uma profissão, um show, um remédio, uma poesia, depende do momento. Mas pra nós capoeiristas ela sempre será a capoeira. Então, pra você o que é a capoeira? Não tenha dúvida, capoeira é capoeira, o momento em que determina sua compreensão.
Estou fazendo essa pequena introdução para mostrar o quão é importante essa liberdade da capoeira, uma arte adaptável, inclusiva e genuinamente brasileira. Sempre fazendo curvas para sobreviver sem perder a tradição e suas origens, tendo a oralidade como principal caminho do seu entendimento pleno. Acredito que seu desenvolvimento deve ser eterno, sempre respeitando o seu passado e suas origens.
A sociedade atualmente está discutindo sobre A REGULAMENTAÇÃO DA CAPOEIRA COMO PROFISSÃO, uma situação que vem gerando dois cenários. De um lado pessoas que entendem que é necessário esse processo e do outro lado, pessoas que entendem que esse caminho será prejudicial a capoeira.
Venho acompanhando diversas opiniões sobre o tema e percebo que existe um tremendo equívoco na maioria das pessoas que se posicionam a favor, pois a REGULAMENTAÇÃO DA CAPOEIRA COMO PROFISSÃO é muito diferente da PROFISSIONALIZAÇÃO DO CAPOEIRISTA. Reparem no significado de Profissionalização que é um ação ou efeito de profissionalizar ou profissionalizar-se. Processo de treinamento para obter certo nível profissional ou para alcançar maior habilidade num determinado trabalho; capacitação. Agora compare o significado de Regulamentação que é uma ação ou efeito de regulamentar, imposição de regras, regulamentos, conjunto de normas. Ato de fixar por meio de regulamento. Conjunto de medidas legais ou regulamentares que regem um assunto.
Perceberam a diferença?
É nesse ponto, que a meu ver, está acontecendo uma grande confusão. Muita gente que é a favor está entendendo que os benefícios que desejam, só serão conquistados por meio deste processo de REGULAMENTAÇÃO DA CAPOEIRA ENQUANTO PROFISSÃO.
Essa confusão de entendimento é muito grave.
Se você é a favor da REGULAMENTAÇÃO DA CAPOEIRA ENQUANTO PROFISSÃO e defende essa posição porque tem consciência das consequências e resultados que serão gerados, eu respeito e entendo já que é uma questão individual e vivemos em uma democracia.
Agora, defender a REGULAMENTAÇÃO DA CAPOEIRA ENQUANTO PROFISSÃO porque você acha que terá mais reconhecimento, benefícios trabalhistas, organização e outros. Lamento, mas estão escondendo de você as verdadeiras intenções. Já existem diversos dispositivos legais que contemplam muitos dos anseios de quem acha que só vai alcança-los se a capoeira for REGULAMENTADA ENQUANTO PROFISSÃO, as pessoas precisam se informar melhor. Qualquer pessoa pode pagar o INSS para se aposentar, qualquer pessoa pode se inscrever no programa de Micro Empreendedor Individual e emitir nota fiscal como professor ou como artesão, qualquer pessoa pode elaborar um projeto nas leis de incentivo, qualquer pessoa pode organizar um evento de capoeira, basta investir na capacitação e no profissionalismo.
Para o fomento de ações temos as leis de incentivo à cultura e ao esporte nas esferas federal, estaduais e municipais. Sobre a educação temos a lei 11.645/08 que traz em seu artigo 26-A a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio público e privado. No tema profissão temos o Art.170 da nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL que diz em seu parágrafo único que é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Para o reconhecimento temos o Estatuto da Igualdade Racial - Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 que em seu Art. 20 diz que O poder público garantirá o registro e a proteção da capoeira, em todas as suas modalidades, como bem de natureza imaterial e de formação da identidade cultural brasileira, nos termos do art. 216 da Constituição Federal. E no Parágrafo único deste mesmo artigo diz que O poder público buscará garantir, por meio dos atos normativos necessários, a preservação dos elementos formadores tradicionais da capoeira nas suas relações internacionais. Ainda tem o Art. 22 que diz A capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do art. 217 da Constituição Federal. § 1o A atividade de capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a capoeira se manifesta, seja como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo o território nacional. § 2o É facultado o ensino da capoeira nas instituições públicas e privadas pelos capoeiristas e mestres tradicionais, pública e formalmente reconhecidos.
E mais, em 2008 a roda de capoeira e o ofício de mestre foram inscritos no Registro dos Saberes pelo Iphan. Depois a roda de capoeira, que é onde se reúne tudo que engloba a capoeira, foi reconhecida pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A escolha foi feita durante a 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, em Paris, em 26 de novembro de 2014.
Nenhum esporte olímpico tem esse reconhecimento, nenhuma luta tem esse reconhecimento, nenhuma religião tem esse reconhecimento, nenhum time de futebol tem esse reconhecimento, nenhuma banda famosa tem esse reconhecimento e a nossa capoeira conquistou isso graças a sua diversidade e liberdade!
Precisamos ser profissionais de fato. No meu entender, a profissionalização está totalmente relacionada a pessoa que exerce a profissão. É uma ação que depende somente do individual. Será que todos os capoeiristas ao longo dos anos preocuparam com sua formação? Será que todos preocuparam em se instruir? Todos preocuparam com a forma de se comportar perante a sociedade?
Bom, se analisarmos dentro do tri pé, valorização, reconhecimento e profissionalização de qualquer profissão e/ou atividade, em uma rápida pesquisa chegaremos à conclusão que houve um marco na história onde esses objetivos começaram a ser alcançados, um ponto de partida, uma movimentação totalmente ligada ao agente que a representa, pois foram suas atitudes, dedicação, doação e profissionalismo que produziram esse resultado.
Se repararmos em outras áreas, conseguiremos ver que em algum momento da história, um agente ou um conjunto de pessoas, foram a mola propulsora para que uma profissão ou arte alcançasse novos ares e viesse a ter seu pleno desenvolvimento e reconhecimento. Pense nos grandes historiadores que deram o devido valor a sua profissão, pense nos grandes pintores, nos grandes jogadores de futebol, nos grandes médicos, nos grandes advogados, eles deram valor a sua profissão. O mérito individual de cada um, dignificou o ofício por eles representado.
No caso da capoeira é fácil identificar os grandes capoeiristas que contribuíram mundialmente e contribuem para que esse processo de evolução cultural esteja sempre em movimento. E você o que está fazendo pela capoeira?
Entendo que sempre podemos fazer algo diferente para valorizar nossas ações. Se o vendedor de picolé começar a melhorar o seu serviço, com certeza ele vai vender mais e será mais valorizado. Basta ele começar a imprimir mais qualidade, mais seriedade, mais comprometimento, estar atento ao que está acontecendo ao seu redor e no mundo, melhorar seus equipamentos, melhorar o atendimento, ser mais comprometido, melhorar a matéria prima usada para fazer seu picolé, enfim, ficar atento aos detalhes e entre linhas para fazer a diferença.
Será que os capoeiristas que estão defendendo a regulamentação da profissão, achando que isso trará mais resultados e benefícios, estão atentos aos detalhes e as entre linhas para fazerem a diferença?
Quem precisa de reconhecimento é o capoeirista ou a capoeira? O capoeirista está investindo nele para ter esse reconhecimento?
Eu aprendi que a profissão do capoeirista é ser um poli artista, estar preparado para agir e atuar de acordo com que o momento determinar. Como diz meu Mestre, “Nem tudo que é bom para o capoeirista é bom pra capoeira, mas tudo que é bom pra capoeira é bom para todos os capoeiristas.”
Sendo assim, eu não sou a favor da regulamentação pois entendo que esse processo não vai fazer a capoeira ter reconhecimento. Esse processo vai engessar a capoeira e vai criar uma desigualdade política e cultural a nossa arte, prejudicando o grande público que vive da capoeira e precisa dela. É muito claro os desdobramentos gerados por uma regulamentação de profissão. Podemos citar a criação de sindicatos de classe, reserva de mercado, perseguição política, limitação da criatividade e liberdade, direcionamento, manipulações, enfim, todas as conquistas que a capoeira conseguiu ao longo dos anos serão prejudicadas.
Hoje estamos em um novo momento, um momento de encontro de aproximação dos diversos estilos, um momento de estudo e troca de saberes. Sou a favor de muitos congressos, fóruns, simpósios, seminários e outros mecanismos de encontro e discussão de ideias, mas penso que eles devem ser desenvolvidos pelos capoeiristas. Agradeço aos admiradores da capoeira, mas se querem nos ajudar que tragam o caminho das pedras, mas deixem que os capoeiristas andem por eles.
Obrigado e pode ter certeza que estaremos cada vez mais unidos para que as nossas diferenças continuem sempre crescendo em harmonia, com liberdade de escolha e comprometidos com a construção desse painel cultural que se chama capoeira.
Leonardo Dib
Boiadeiro – ABADÁ-CAPOEIRA


quarta-feira, 25 de março de 2015

IX Festival Cultural de Capoeira de Crateús - CE

Com o intuito cultural, acadêmico, social e apresentar a Capoeira, reavivando e valorizando, através dela, os interesses nos aspectos de nossa cultura foi realizado de 19 a 21 de março na cidade de Crateús no Ceará um dos maiores eventos daquela região. 
O evento foi coordenado por Professor Batata e sua equipe, com uma dinâmica bem diferente dos anos anteriores os alunos muito bem preparados conduziram em conjunto diminuindo as margens de possíveis falhas. Neste ano o festival contou com um grande número de capoeiristas de outras regiões do país, dentre eles vários instrutores, professores e os Mestres: Tucano Preto/SP,  Mestre Touro/PI, Maciel/PI, Maizena/CE, Fú-pagô/PI, Dumbo/CE, ContraMestre Caburé/GO, Carlão/PI, Intrutores Perna Longa, Dubinha, Saguí e Samurai/RN, Pacato/PB e capoeiristas da regiões.

Realização: RDB Ceará - Prof. Batata
Coordenação: Mestre Tucano-PI
Presidente: Mestre Ralil-DF




quarta-feira, 11 de março de 2015

Educação Física e Capoeira: Cultura Popular e Indústria Cultural no Jogo de Roda

Na verdade amigos este artigo é longo e por isso, vou dividi-lo em algumas postagem, espero que gostem e comentem e divulguem em suas redes sociais para maior alcance dessas linhas bem tramadas pelo referido autor.

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

A Educação Física brasileira precisa (...) resgatar a capoeira enquanto manifestação cultural, ou seja, trabalhar com a sua historicidade, não desencarná-la do movimento cultural e político que a gerou (Coletivo de Autores, 1992, p.76).
Neste trabalho, apresento minha experiência pedagógica desenvolvida no Colégio Estadual Doutor Gastão Vidigal, no município paranaense de Maringá, Núcleo Regional de Ensino de Maringá, onde realizei a fase de implementação do material didático do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), turma de 2007, junto aos alunos das primeiras séries do ensino médio, turmas J, K, L e M, do período vespertino, durante as aulas regulares de Educação Física (EF). A implementação do material didático do PDE foi realizada no primeiro trimestre de 2008.
A partir de março de 2007, procurei potencializar o ideal político do PDE - no que se refere à forma inusitada de capacitação de professores da rede pública estadual de ensino do Paraná - empreendendo uma pesquisa que abarcou temas complexos e densos como indústria cultural, pós-modernidade, identidade cultural, globalização, esportivização e EF. Este estudo procurou desvelar o percurso histórico da capoeiragem à luz dos pressupostos da teoria crítica, a partir do conceito de indústria cultural. Procurei, ainda, identificar as diferentes formas pedagógicas inseridas no universo capoeirístico a partir dos diálogos mantidos com a Educação Física e, especialmente, com os elementos estruturadores da realidade sócio-histórica que a determinam. O itinerário destas reflexões ensejou um material didático que procurou fornecer o aporte necessário à afirmação dos fundamentos pedagógicos africanos presentes na Capoeira Angola como justificativa à sua inserção nas aulas de EF na condição de componente alternativo à atual prática hegemônica esportiva. Este material didático resultou numa monografia intitulada: “Educação Física e Capoeira: Cultura Popular e Indústria Cultural no Jogo de Roda”.

A oportunidade de estudar estas questões significou devolver ao aluno, à escola, à EF e à sociedade um fragmento da expectativa e confiança depositadas no mundo acadêmico por tantos brasileiros historicamente vitimados pela carência absoluta de experiências desta envergadura.

VAMOS AGORA AO ÍTEM 01 DO TEXTO...

1. Descaminhos das identidades culturais na pós-modernidade


O Brasil, pelas suas condições particulares desde meados do século 20, é um dos países onde essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem produzindo estragos de monta. (Milton Santos)
O mundo contemporâneo, marcado vigorosamente pela mundialização da indústria cultural e suas relações com a crença numa nova ordem social proporcionada, sobretudo, pelo empuxo das tecnologias da comunicação, assinala uma inusitada manipulação das consciências e abala todas as convicções consolidadas na modernidade. É a partir da derrocada da lógica, do desencanto que se instala sobre a identidade e a cultura (acompanhados da crise de conceitos fundamentais ao pensamento moderno tais como “verdade”, “razão” e “legitimidade”) que se inicia a partir da década de 1960, a pós-modernidade, entendida por Frederic Jameson como a lógica cultural do capitalismo tardio (JAMESON, 1994). Em que pese as polêmicas em torno do ato de se conceituar a pós-modernidade, concordo com Loureiro e Della Fonte (2003, p. 15-16), segundo os quais:
A caracterização clássica do conceito de pós-moderno é a de Loyotard (2000). Segundo esse autor, o advento do pós-moderno se relaciona às mudanças amplas ocorridas a partir do final dos anos 50: a saber, muda o estatuto ao mesmo tempo em que as sociedades entram na “idade pós-industrial” e a cultura na idade “pós-moderna”. O termo pós-moderno designa o estado da cultura após as transformações que afetaram as regras dos jogos das ciências, da literatura e das artes a partir do século XIX. (...) Lyotard considera pós-moderna a incredulidade em relação aos metarrelatos (...), do apelo da ciência a idéias de progresso e emancipação. 
De acordo com Jameson (1985, p. 26), "a emergência da pós-modernidade está estritamente relacionada à emergência desta nova fase do capitalismo avançado, multinacional e de consumo”. O perfil pós-moderno do modo de produção capitalista caracteriza um período no qual as mudanças tecnológicas são tão amplas e rápidas que transgridem a capacidade humana de pensá-las, senti-las e ponderar sobre elas. É a validação da provisoriedade, em que as certezas tornam-se relativas e os meios de comunicação já não apenas informam, produzem hábitos e valores voltados ao consumo dos produtos de uma indústria cultural que se vê cada vez mais mundializada.
Na pós-modernidade, os interesses hegemônicos do capital agudizam seu cerco às questões culturais, mergulhando o ser humano numa realidade globalizada que proclama a si mesma como redentora da humanidade pelo espraiamento mundial dos produtos da indústria cultural camuflados sob o pseudônimo de “conhecimento”. Como consideram Lastres; Cassiolato; Maldonado; Vargas (1998, p. 01),
A emergência de um novo paradigma tecnológico e a globalização financeira são os traços mais marcantes da economia mundial nos últimos 15 anos. Estreitou-se ainda mais a integração da economia mundial, enquanto a revolução tecnológica se difundia rapidamente, porém de forma desigual, mesmo entre as principais economias avançadas. (...) No contexto internacional da década de 1990, uma das características principais das intensas mudanças observadas nos processos produtivos relaciona-se à crescente intensidade de investimentos em conhecimento.
Contudo, para além do véu das aparências, a globalização não abdica da exploração econômica, da injustiça e da desigualdade. Referindo-se aos conflitos oriundos das desigualdades no mundo globalizado, Duarte (2007, p. 150) cita os seguintes números:
Nos últimos 15 anos os rendimentos do capital cresceram 59% enquanto aqueles oriundos do trabalho, praticamente não cresceram, i.e., tiveram um acréscimo de apenas 2%. Nas últimas duas décadas a produção mundial aumentou de 4 para 23 trilhões de dólares norte-americanos, enquanto o número de pobres nesse período aumentou em 20%. No que concerne à participação dos mais pobres na renda mundial, a parcela diminuiu de 4% em 1960 para 1% em 1990. A concentração chegou a um ponto em que 358 bilionários possuem hoje mais da metade de tudo que a humanidade percebe.   
  As inovações tecnológicas incessantes aplicadas ao mundo das comunicações tendem à supressão das fronteiras nacionais. As trocas de bens culturais desestabilizam antigos e consagrados sentimentos de identidade e pertencimento. De acordo com Hall (2003), como decorrência dos processos mundiais de globalização, que esfacelam tempo e espaço, a identidade encontra-se descentrada, deslocada e fragmentada, com sensível abalo em seu quadro de referências.
O sujeito pós-moderno, (...) não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente. A identidade torna-se uma ‘celebração móvel’: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. (HALL, 2003, p.12-13)
No mundo globalizado as identidades locais são “reinventadas” a partir de uma amnésia social que prescreve um modelo cultural para que todos – ricos, pobres, judeus, muçulmanos, cristãos, brancos, negros, índios, asiáticos e mestiços – se identifiquem. Apaziguam-se as desigualdades como resultado de um processo de aculturação. O que questiono aqui não é o declínio das identidades culturais calcadas no modelo do Estado burguês, mas a reformulação das identidades culturais populares, obediente unilateralmente à volubilidade do mercado de bens culturais industrializados.




quinta-feira, 5 de março de 2015

Projeto que reconhece capoeira como profissão é questionado.



Mesmo com quase um ano dessa discussão, vale a pena rever essa matéria!

Audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) revelou divergências em relação a projeto que reconhece a prática da capoeira como profissão e o capoeirista como atleta profissional. Para a maioria dos convidados, a proposta (PLC 31/2009) reduz uma prática cultural complexa a um esporte e impõe um modelo de organização que pode trazer a exclusão de mestres formados na tradição, por reconhecimento dos praticantes.
Segundo eles, a regulamentação só será legítima se reconhecer a capoeira como atividade multidimensional — luta, dança e arte — e fator de socialização, criação de identidade e transmissão de memória ancestral. O debate foi sugerido por Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Lídice da Mata (PSB-BA). A senadora é a relatora do projeto na CE.
Pelo sistema sugerido pelo projeto, todos os mestres de capoeira deverão ser filiados e homologados por um conselho, criticou o educador Reginaldo Costa, conhecido como mestre Squisito. Para Hélio Tabosa, a principal desconfiança é quanto aos recursos que o PLC 31/2009 destina à atividade (o equivalente a 2% da arrecadação das loterias) e que tendem a ser atribuídos à atual federação.
— Essa instituição passa a ser a única a ter direito a esses recursos — afirmou.
A diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Célia Corsino, explicou que, com o reconhecimento da capoeira como patrimônio cultural imaterial do Brasil, em 2008, a roda de capoeira e o ofício de mestre foram inscritos no Registro dos Saberes. O Iphan participa de comitê pelo reconhecimento da roda, pela Unesco, como bem imaterial da humanidade.
Já o presidente da Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), Gersonilto Heleno, considera que a institucionalização da profissão poderá solucionar o problema da proteção previdenciária, afastar falsos mestres de capoeira e fortalecer os campeonatos e a criação de ranking nacional para a concessão da bolsa-esporte aos capoeiristas.



Fonte:  http://www12.senado.gov.br/jornal/edicoes/2014/05/08/projeto-que-reconhece-capoeira-como-profissao-e-questionado

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CAPOEIRA SEM MESTRE! Crônicas da Capoeiragem!

Amigos este tema é muito discutido nas conversas após uma boa roda de capoeira, gera polêmica e conflito de opiniões. Portante, entre tantas fontes de pesquisas que faço encontrei este texto no site: www.portalcapoeira.com .
Espero que gostem do texto e que sirva também para esclarecer algumas questões bem pontuais. Lembrando que é uma opinião de um autor que resolvi compartilhar com vocês meus amigos.
Boa leitura e aguardo atento os comentário no blog.
Grande abraço do seu amigo Passarinho de Macapá.

Temos visto ultimamente, principalmente em alguns países europeus, o surgimento de vários grupos de capoeira cuja característica é a de não se vincular a nenhum mestre. Grupos que se caracterizam pela autogestão, cujos próprios integrantes se revezam na tarefa de “puxarem” os treinos e comandarem as rodas. Grupos que não se vinculam a nenhuma “linhagem” de capoeira. Muitos desses grupos, inclusive, se baseiam em vídeos do YouTube e outras ferramentas virtuais para aprimorarem suas sequências de movimentos, golpes, etc.Entendo que essa iniciativa é, a princípio, muito interessante, pois as responsabilidades são assumidas coletivamente, dentro do princípio de horizontalidade de poder, onde “ninguém manda em ninguém”, onde não existe hierarquia, a não ser pelo tempo de vivência na capoeira de cada um.
Todas as formas autogestionárias devem ser saudadas e valorizadas nesse mundo atual, pois significam formas alternativas de se viver em coletividade, criando novas sociabilidades que se contrapõem à perversa lógica do capitalismo, em que sempre tem que haver alguém para mandar (os que têm dinheiro, e consequentemente poder), e alguém para obedecer (os quem não têm).
Porém, não podemos esquecer que a capoeira não se trata de mera atividade física, ou outra atividade social qualquer. Trata-se de uma manifestação cultural originada de tradições muito profundas, com raízes na ancestralidade africana e na história de luta contra a escravidão no Brasil. Tudo que a capoeira é nos dias atuais, foi fruto de um processo histórico em que foram se acumulando vivências de homens e mulheres que muito sofreram e lutaram, para que essa tradição fosse mantida e chegasse até os dias de hoje.
O mestre de capoeira representa o elo entre esse passado de lutas e sofrimentos, e o presente onde se encontra a capoeira atualmente, espalhada pelos quatro cantos do mundo. O mestre de capoeira tem a missão quase sagrada, de não permitir que esse elo se rompa ! De garantir que os saberes envolvidos na prática da capoeira, sejam transmitidos de forma a respeitar esse passado, a valorizar essa história dessa gente, de manter a tradição viva, mesmo entendendo que a cultura é dinâmica e vai se transformando através dos tempos.
Arrisco dizer que existem princípios vinculados à prática da capoeira que, se não forem mantidos e respeitados, correm o risco de fazer essa tradição se transformar numa simples prática corporal, ou num mero produto comercial, ou ainda, apenas em mais uma modalidade olímpica (como aconteceu com o judô). E sabemos que a capoeira é muito mais do que isso !
Por isso, entendo que o papel do mestre é muito mais do que simplesmente ensinar um movimento ou um golpe. O mestre deve ser detentor de um conhecimento que vai sendo adquirido ao longo da vida, que vai muito além da sua capacidade física de realizar determinado movimento. Ele deve ser consciente sobre o papel de ser o responsável pela transmissão desses conhecimentos para as gerações mais novas. E por isso deve se preparar durante boa parte de sua existência para poder cumprir essa missão. Isso geralmente leva bastante tempo e por isso também não acredito em mestres de capoeira muito jovens. Eles ainda têm muito que aprender antes de se considerarem mestres.
Então, pergunto eu aqui com meus botões: como esses grupos autogestionários lidam com isso ? Preocupam-se somente em aprender e aperfeiçoar os movimentos para aplicá-los no jogo ? E as questões históricas, ancestrais, ritualísticas, que peso têm para eles ? Que preparo possuem essas pessoas para lidarem com essas questões ? O que a capoeira perde, quando é encarada somente como esporte ou prática corporal ?
Ficam essas questões para reflexão, ou pra quem se aventurar a respondê-las !

Pedro Abib


Sobre o Autor:

O Professor Lamartine Pereira da Costa é um ícone da Educação Física Brasileira e faz parte do seleto grupo de profissionais que contribuíram decisivamente para a evolução acadêmica, técnica e científica dessa área.

O Livro:

O livro completou cinquenta e um anos de publicação. De uma certa forma, podemos dizer que o autor antecipou-se ao movimento de crescimento da capoeira e percebeu a importância que a capoeira viria a assumir no cenário cultural brasileiro.

A publicação é datada: é retrato de um momento em que se acreditava que a capoeira se fortaleceria como um método ginástico, ou como uma modalidade de luta, mais do que uma manifestação de forte conteúdo cultural, étnica e social. É um interessante registro de uma época da história da nossa capoeiragem.

Luis Renato Vieira


Palavra do Editor

Em tempo iremos publicar uma matéria mais ampla sobre o tema aproveitando esta fantástica chamadado nosso grande camarada Pedrão... que se esmerou na cronica... e fazendo a chamada!

Um tema nuclear, importante e que deve fomentar uma discussão mais aprofundada sobre o cenário do ensino da capoeiragem em todos os níveis.

Luciano Milani - Editor

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

VEM AÍ O 3º INTERBAIRROS DE CAPOEIRA DE MACAPÁ 2015

É isso mesmo amigos do blog, o maior evento que reúne em um só dia: Capoeira, Lazer, Entretenimento e a família Macapaense está com data marcada será dia 02 de maio em local ainda a ser definido.
O evento que ano passado em sua última edição contou com a participação de mais de 400 capoeiristas na Sede Campestre do Trem Desportivo Clube e com grandes nomes da capoeira de vários bairros e municípios do estado também.
A cada edição do Interbairros de Capoeira de Macapá. Nós realizadores e organizadores do evento destacamos na arte da camisa um ponto turístico da cidade, na 1ª edição foi a CAPELA DA FORTALEZA DE MACAPÁ, Já na 2ªa edição a IGREJA DE SÃO JOSÉ, e agora na 3ª edição nada mais justo que a CASA DO ARTESÃO, ponte de encontro, festejos e de reivindicação dos capoeiristas de Macapá.
Confirme a presença do seu grupo!"
Organização: Monitores Super Preto, Margarida, Capacete e Márcio Porto
Coordenação: Instrutor Passarinho
Supervisão Geral: Mestre Tucano-PI.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Ele está de volta!! PROGRAMA BERIMBAU SONORO!!!

A capoeira aos poucos vai ocupando os espaços na sociedade, e desta vez no estado do Amapá vamos comandar o primeiro programa exclusivo para capoeira no norte do Brasil. BERIMBAU SONORO - O programa que faz você gingar!!
Será um espaço democrático da capoeira, onde faremos entrevistas, falaremos das ações de todos os grupos interessados em participar do projeto e principalmente dos avanços da capoeira em nossa cidade, com músicas variadas desde o tradicional ao contemporâneo, passando pela MPB, música regional, rock, reggae, samba, enfim todos os ritmos que falam ou utilizam o berimbau em seus arranjos.
Então amigos, participem do BERIMBAU SONORO.. todos os dias teremos nosso playlist e em breve estaremos ao vivo diariamebte das 18h as 19h.
ACESSE AGORA>>> www.berimbausonoro.com.br E DIVULGUE AOS AMIGOS!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

8ª EDIÇÃO DO CAPOEIRA MULHER SACODE BELÉM DO PARÁ

A região norte do Brasil, nossa querida Belém do Pará foi sacudida pelo som dos berimbaus e principalmente pela ginga e beleza das mulheres em um dos eventos mais organizado da capoeira feminina no Brasil, estamos falando da 8ª EDIÇÃO DO MOVIMENTO CAPOEIRA MULHER, que aconteceu neste mês de janeiro na capital paraense. A novidade deste ano foi tema abordado "Câncer de Mama" e também a participação das delegações dos estados do Amapá, Piauí, Ceará, Bahia e claro como anfitrião o estado do Pará. 
Outro ponto que deve-se destacar foi a grande participação dos capoeiristas, isso mostra que a capoeira do Pará está em constante evolução e a tendência é melhorar mais ainda com a repercussão na cidade.
Confira a programação do evento:
Palestra: Equipe de Enfermagem Ophir Loiola.
Oficina de Capoeira: Mestre Fu-pagô, - Raízes do Brasil -Teresina_PI 

Oficina de Maculelê: Professora Bia -Cordão de Ouro -Fortaleza_CE
Oficina de amarração de lenço: Monitora Margarida -Raízes do Brasil - AP
Roda de Capoeira Com o Tema: "Se Toque Para Salvar Sua Vida"
Encerramento Com os Parabéns Pelo Aniversário Capoeira Mulher.


Veja alguns momentos do evento!!
















segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

1º Batizado do Grupo Simbauê Capoeira conta com presença da Unicap.

O grupo SIMBAUÊ CAPOEIRA realizou no último domingo, o 1º batizado com troca de graduações dos alunos do Município do Mazagão Velho, um dos mais antigos do estado do Amapá. O evento organizado pelo Monitor Bosourinho contou com diversos grupos de Capoeira de Macapá representados por Mestre Junhão e Mestre Bimbinha, Mestrando Bebeto e seus alunos Betinho e Dieguinho, ContraMestre Roliço. Professores e Instrutores: Aricélio, Bicudo, Bombinha, Sorvete, Monga, Sacuraba, foguinho e Galibi.A comunidade de Mazagão Velho, que mantém mais que cinquenta alunos no projeto de capoeira, prestigiou o batizado e disse que a organização e a seriedade dispensada à capoeira no município é excelente, cultura tombada pelo patrimônio imaterial Brasileiro. "É bom saber que podemos sempre contar com esta atividade que traz esporte, educação e cultura pros nossos filhos aqui da comunidade. O que é nosso tem que ser usado, por isso merece aplausos", disse Dona Luíza, moradora. Os representantes do Raízes do Brasil foram: Instrutor Passarinho, Monitor Super Preto e fazendo sua primeira viagem pelo grupo o aluno João Mala que é filho da monitora Margarida!