sexta-feira, 21 de maio de 2010

PROJETO GINGANDO NA FAMA

A FAMA - Faculdade de Macapá, realiza um projeto social na cidade de Macapá, denomidado de GINGANDO NA FAMA, onde procura o resgate de crianças que estejam em situação de risco social, através da capoeira e do ensino das tradições da cultura negra, ligadas à modalidade.

Desenvolvido um ano, já passaram pelo projeto cerca de 50 crianças, que são acompanhadas no período oposto ao escolar. Como não pode mais estar presente, o projeto conta com uma estrutura excelente para prática da capoeira, com sala ampla, materiais a disposição como instrumentos de capoeira, sala de informática, sala de Anatomia, sala de recreação e jogos.

O projeto GINGANDO NA FAMA tem apoio do prof. Alexandre (Coordenador do curso de Educação Física) e do Diretor Administrativo (Rodrigo Piazon), as aulas são ministradas por Jefferson Santos (Passarinho) que é Monitor de Capoeira e acadêmico de do curso de Educação Física da FAMA.

Em novembro de 2009, foi realizado o I Seminário de Capoeira FAMA-Raízes do Brasil, com Palestra sobre o Tema: Capoeira e Qualidade de vida, ministrada por Herbert Teixeira (contra-mestre) vindo da cidade de Teresina/PI, houve também curso técnico na Fortaleza de São José e Apresentação cultural no Parque do Forte (orla do Rio Amazonas), vale destacar que a FAMA foi a pioneira a realizar um seminário da modalidade.

Orgulhoso, Jefferson relata que alguns alunos do projeto já conseguiram mudar seu comportamento e com isso viver em harmonia com a família. além claro de estarem indo muito bem na escola.

Inscrições

As inscrições serão feitas na Faculdade de Macapá, Bloco C, a partir das 18 horas, os documentos necessários são: Xerox da certidão de nascimento(se menor) ou Xerox da Identidade( se maior de 18 anos), 2 fotos 3x4, Comprovante de residência, e 2 kg de alimento não perecível por mês.

Dias de treino: 4ª e 6ª das 18h as 19h -Bloco C.

Responsável pela inscrição: Monitor Passarinho ( 9143 9196)

terça-feira, 18 de maio de 2010

PROGRAMA + CULTURA NA AMAZÔNIA LEGAL


O Ministério da Cultura, por meio do Programa Mais Cultura, investirá R$ 13,8 milhões para financiar projetos culturais nos nove estados da região amazônica – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

O Edital Microprojetos Mais Cultura na Amazônia Legal foi publicado no dia 12 de abril, no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 23 e 24).

A ação visa promover a diversidade cultural da Amazônia Legal por meio do financiamento não reembolsável de projetos de artistas, grupos artísticos independentes e produtores culturais. As iniciativas deverão ter como beneficiários jovens entre 17 e 29 anos residentes em localidades da região.

Essa é a segunda edição do Microprojetos Mais Cultura. A primeira, executada em 2009, contemplou 1.200 projetos da região do semiárido com valores entre um e 30 salários mínimos. Em 2010, o teto por projeto foi ampliado em cinco salários mínimos (35 salários mínimos) para atender o “custo amazônico”, uma das principais deliberações da II Conferência Nacional de Cultura, realizada no último mês de março, em Brasília.

Outra novidade da iniciativa é a possibilidade de inscrição oral de projetos. A medida visa facilitar e democratizar o acesso ao edital. Serão aceitas inscrições gravadas em meio digital ou fita cassete. Conforme esclarece a secretária de Articulação Institucional do MinC e coordenadora executiva do Mais Cultura, Silvana Meireles, esse é o primeiro edital da Pasta para apoiar projetos culturais da Amazônia Legal.

“Trata-se de uma região de grande riqueza cultural, mas historicamente sem acesso a financiamento para pequenas produções. Além disso, estamos incorporando o ‘custo amazônico’ nas ações do Ministério e contribuindo para promover a cidadania de milhares de jovens da região amazônica”, destaca. Silvana Meireles aponta, ainda, a importância da ação para o desenvolvimento regional: “a cultura gera oportunidades, desenvolve a cidadania e a economia local”.

O Edital do Programa Mais Cultura de Apoio a Microprojetos voltado para municípios integrantes da Amazônia Legal será executado em conjunto pela Secretaria de Articulação Institucional (SAI/MinC) e a Fundação Nacional de Artes (Funarte/MinC), com a parceria do Banco da Amazônia (BASA) e dos governos estaduais da região amazônica.

Inscrições

Abertas até 11 de junho, as inscrições são gratuitas e podem participar pessoas físicas com idade superior ou igual a 18 anos completos e pessoas jurídicas sem fins lucrativos que desenvolvam projetos socioculturais nos segmentos de artes visuais, artes cênicas, música, literatura, audiovisual, artesanato, cultura afro-brasileira, cultura popular, cultura indígena, design, moda e artes integradas (ações que não se enquadrem nas áreas anteriores ou que contemplem mais de uma área artística na mesma proposta). As propostas deverão ser enviadas pelos Correios com o seguinte endereçamento:

Programa Mais Cultura – Ação Microprojetos Amazônia Legal
Coordenação de Difusão Cultural da Funarte/MinC
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Lote 02
CEP 70.070-350 - Brasília (DF)

Fonte: www.cultura.gov.br

domingo, 2 de maio de 2010

CAPOEIRA É TRABALHO SIM SENHOR!!!



Há muito se luta no Congresso Nacional Brasileiro pelo reconhecimento da profissão de capoeirista. Muitos projetos já foram discutidos, inclusive um deles muito polêmico por sinal, oriundo do Conselho Federal de Educação Física, que previa que o mestre ou professor de capoeira deveria obrigatoriamente ser diplomado por um curso superior de Educação Física.

Mais um ataque sofrido pela capoeira e pelos saberes populares em geral, que de tempos em tempos são perseguidos pelos representantes do poder que insistem em enquadrar, controlar, fiscalizar, pressionar, enfim, desqualificar uma prática tradicional que possui outra lógica, outro sistema de valores, outras formas de transmissão dos saberes, muito diferente dessa lógica capitalista que tudo quer controlar e dominar.

Um mestre ou um professor de capoeira, principalmente nos tempos atuais, deve sim preocupar-se em estar constantemente reciclando seus conhecimentos e qualificando-se continuamente para poder melhorar suas aulas e, consequentemente, atender melhor a seus alunos. Ele deve possuir conhecimentos da história do Brasil, da escravidão e das lutas sociais. Deve ter noções de música e psicologia, e também saber orientar as atividades físicas no que diz respeito a não colocar seus alunos em risco.

Mas para isso ele não precisa, obrigatoriamente, fazer uma faculdade de educação física Esses conhecimentos podem muito bem ser garantidos através da criação de cursos específicos, de curta duração, voltados para esse público, financiados pelo governo, no sentido de garantir a mestres e professores de capoeira uma formação integral e continuada. Mas exigir o diploma de educação física para o profissional de capoeira, já passa por uma intenção no mínimo espúria, por parte do Conselho Federal da área, de se criar reserva de mercado entre os profissionais de educação física. Somos totalmente contrários a essa iniciativa !

A capoeira deixou de ser sinônimo de vagabundagem. O trabalhador da capoeira é hoje o mestre, contra-mestre, trenel ou professor responsável pelo processo de ensino aprendizagem dessa arte-luta, em escolas, academias, centros comunitários, clubes, condomínios, etc… Ele deve ter sua profissão reconhecida e devidamente registrada no Ministério do Trabalho, com direito a todos os benefícios sociais de qualquer outra atividade profissional no Brasil. Sem falar na obrigatoriedade de uma aposentadoria especial para os velhos mestres, coisa que há muito tempo já deveria ter sido garantida. Portanto camaradas, vamos à luta !!!


Fonte: portalcapoeira.com