O ser humano sempre buscou evoluir, seja na vida profissional ou pessoal. No esporte essa evolução veio através de técnicas de treinamento, novas regras ou instrumentos modernos e com a capoeira não foi diferente, essa evolução se deu bem antes de Mestre Pastinha e Mestre Bimba. Pois na época que aprenderam capoeira, não as conheciam como Angola e Regional, era apenas vadiação, não havia rótulo, estilo ou nomenclatura para o jogo, os mestres que também eram conhecidos como de donos de roda, as realizavam da onde achavam melhor sem se preocupar com formação de instrumentos ou uniformes, pois a vadiação, assim como o samba, batuque e candomblé, era um momento único para haver contato e confraternização da população negra daquela época.
Somente depois da década de 50, começaram a aparecer grupos folclóricos e alguns capoeiristas baianos, que estando fora da sua terra natal, unem-se com uma proposta de difundir uma forma mais firme e atraente de ensinarem a capoeira baiana. Com essa junção, a capoeira que era praticada por esses grupos com filosofia e fundamentos diferenciados, passa a dividir o mesmo espaço, porém com a preocupação de se manter as tradições em cada jogo, toque ensinados por seus mestres.
Nos anos 70 e 80, a capoeira alcançou status e popularização em todo o Brasil, Começaram a surgir benefícios até então bem distantes da realidade, como a inserção da capoeira nos currículos das instituições de ensino; o desenvolvimento das metodologias de treinamento; e principalmente o reconhecimento da sociedade.
Mas o grande salto para a afirmação da capoeira contemporânea é nos anos 90, onde a capoeira aparece nos programas de televisão com uma nova visão abrangendo não somente a cultura, a dança e o folclore e principalmente o Esporte.
Portanto, me considero um "capoeirista contemporâneo", estudo os fundamentos, as características e particularidades da capoeira, pois o ser humano e a capoeira estarão sempre em constante transformação e evolução.
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